terça-feira, 28 de setembro de 2010

Paineira Gubert



Quase cem anos ao pé do mundo
Andam e afundam as raízes
ervas que se abraçam ao tronco
flores que nasceram e morreram
ao tempo curto e longo
Cobria-me ao sol do verão
espinhos que beijaram minha mão
minha pequena mão de criança
Foste meu esconderijo
Por que será que não consigo
olhar pra ti todos os dias?
Te compor melodias
que contem tu história?
tão minha história
prosas de outras memórias
que à minha mente não pertencem.

Marcelo Poeta

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Primavera






Voaram-se os dias opacos
Meu prato todo decorado de verde
Folhas que dançam a valsa do vento
Aflorando sensações e sentimentos
É deveras difícil calcular valores
Deitado em grama de praça
Rodeado das mais belas flores
Estive esses dias pulando de árvore em árvore
Pisando em areia, admirando Mares
Contando horas que terei de espera
Para o desabrochar do Mundo
Na trilha sonora os pássaros ao fundo
Primavera, primavera...

Marcelo Poeta

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Manipulação do que não há




Percebo-me como um alquimista a procura de formulas para o bem viver. Viverei o dia em que na farmácia pediremos uma fórmula para esquecer isso, lembrar daquilo, uma fórmula para conquistar ou dispensar alguém... fórmulas que terceirizarão o que ainda controlamos da nossa vida. Uma privatização dos sentimentos.
Tem dias que quase morro por não te ter aqui, no meu cotidiano chato e interessante. Imagino-te comigo andando por aí, curtindo estradas, campos, praias, morros, bares, mares e lençóis. Me bate aquela saudade louca, de despetalar a rosa louca de desejo da tua presença. Mas por favor, dê-me licença, nunca esteves do meu lado.
Por vezes creio que forjamos nosso passado, inventamos amores infinitos, sonhamos em um dia ter vivido um grande amor belo e bonito que não deu certo. Mas é tudo agora tão diferente, não escuto tua voz aqui perto, nunca tive tuas mãos coçando minhas costas e fazendo-me cafuné. Teu corpo hoje de mulher, teus beijos com olhos pertos, que o destino não esteja certo por te deixar longe de mim.
Eu nunca fui e não sei ser assim, esperar amando de longe, não me pertence a calma que deram aos monges, e o pecado visita meus sonhos. Dias, dias e muitas noites sei lá onde, o certo se esquiva e se esconde, guardando a sete chaves o que eu ainda nem escrevi.

Botos da Barra



terça-feira, 21 de setembro de 2010

Nostalgia


Comecei minha jornada escolar no Prudente de Moraes. Tia Betinha era a prof da manhã e na minha turma estavam o Tiago e o Tiagão, o Emilio, Junior Kingesk, Murilo Botinho, o Edgar, outro Tiago, o Luisinho Pança, a Ana , a Manoela (daquelas loirinhas amáveis e afáveis), a Monique (Ah a Monique, disputávamos sua atenção), a Grazi, a Andréia, o Jair, a Marcela, o Jéferson (que não ficava na aula sem sua mãe na porta), O Geovani, o Fernando e a Ariana. Haviam outros que lembro vagamente do rosto porém não de seus nomes.
Morávamos todos aqui na volta do Porto Lacustre. Brincávamos as tardes inteiras na pracinha da Igreja. Fiquei no Prudente até a segunda série, quando fui para o Marquês. No Marquês conheci outra galera, fiquei mais tempo por lá. Fiz as melhores amizades, jogávamos campeonatos de futsal e vôlei (no vôlei eu era craque). Nas tardes nos reuníamos na casa do Matheus, do Matias, do Zé Luis para jogar super Nintendo ou três dentro três fora. Ainda morava no Porto e no final de tarde rolava um goleirinha de um passo na pracinha. O Diego Cabeça, que achávamos ser o maior artilheiro da história de Osório nunca queria ir para o Gol. Inventava mil e uma desculpas pra não sair da linha. Apareciam também para a pelada o Renato e o Murilo, o Fabricinho, o Régis e o Juliano, o Tiaguinho.
Eu brincava muito lá no Mauricio também. Morava ao lado da Corsan e ficávamos a tarde toda bolando planos e inventando aventuras de byke pras bandas da Coca-cola. Lá, no final da Voluntários tinha uma turma um pouco mais velha, a turma do Mateus (como têm Mateuses e Tiagos no mundo) e do Alison. Estavam sempre querendo nos pegar. Anos depois, enquanto eu estava no Marquês, foi a turma em que iniciei minhas atividades noturnas e alcoólicas.
Agora, me pego com saudades daquele primeiro pessoal. Encontrá-los na rua é tão mágico quanto a pré-escola, pois vejo neles aquelas crianças cabeçudas e divertidas com quem eu trocava o lanche e com que batia bafo das figurinhas do Jaspion e da Amazônia. Minha idéia agora é reunirmos para um agradável churrasco. Não somos velhos para a nostalgia. Somos jovens que precisam da aproximação da infância para nos tornar adultos seguros.

Janisdiz:


Dia do Porto
Programação:
Data: 11/12/2010
Café da manhã recreativo
Local: Praça da Igreja
Horário: entre 9h e 11:30 da manhã
Atividade:
- Cada família contribui com um prato de doce ou salgado, sucos, chás, etc;
- Atividades recreativas com jogos, balões e brincadeiras com grupo contratado;
- Música ao vivo, digital, fotografias e sarau de poesia com poetas locais;
Grenal
Local: Campo da Escola Prudente
Horário: 17h
Atividade: Jogo festivo com moradores locais;
Encerramento: Concentração em local a reservar para comemoração.

Casa de Cultura




Nós criamos versos em mesa de bar
Esculpimos em madeira e aço
E colorimos nossas telas na galeria do lar
Nosso real lugar que já não acho
Não gostamos de fazer solo em garagem
Queremos ensinar a criançada a nossa arte
Nosso projeto se perdeu no mundo da Lua
Onde está nossa Casa de Cultura?
O palco, o cenário, o figurino em corte e costura
Nosso projeto se perdeu no mundo da Lua
Onde está nossa Casa de Cultura?
Os instrumentos, as letras, a pestana e a partitura
Nosso projeto se perdeu no mundo da Lua
Onde está nossa Casa de Cultura?
Os vídeos, curtas, filmando tuas aventuras
Nosso projeto se perdeu no mundo da Lua
Onde está nossa Casa de Cultura?
A dança, o passo, o balé da tua cintura
Nosso projeto se perdeu no mundo da Lua
Onde está nossa Casa de Cultura?
O lúdico, a arte, histórias com suas gravuras
Nosso projeto se perdeu no mundo da Lua
Onde está nossa Casa de Cultura?

Marcelo Poeta

terça-feira, 14 de setembro de 2010

De pouco um tudo



Bancos coloridos
Borboleta que vai na valsa
a convite do vento lento
Estava o boto a pular na água
fazendo ondinha ao pescador
O balé das aves
é um realce mais que sedutor
Idosos tem olhos de criança
que guardam memórias a mais tempo
Fé é aquilo que todos
têm vergonha de dizer que não tem
Fé em que meu Deus? Fé em quem?
Não me ensinaram o que dizer
Se por acaso cruzasse você
Assim que o amor entra no meio
o meio vira amor e o tudo fica cheio
há sinais de que o final está começando
Vai falhando e faltando o ar
São avós que deixam seus netos
Meu coração tá aberto pra te abrigar
As paisagens da vida, o cenário
As passagens do meu avião
A ilustração do imaginário
Um beijo e uma risada de rolar no chão.

Marcelo Poeta

A melhor Idade, Grupo Alegria de Viver


Com licença, obrigado, minha senhora
Com licença, obrigado, minha senhora

Palavras que pouca gente diz
preferem em muito silenciar
e ali perdem sua magia
e não há folia, e não há dançar
A gente tem que dar carinho
eu abro a porta pra você entrar
Deixe que eu junte o seu papelzinho
E por gentileza eu te dou meu lugar

Com licença, obrigado, minha senhora
Com licença, obrigado, minha senhora

Marcelo Poeta

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Os dias de sim

Eu não sei dizer
esse tempo que passou, passou
passou tudo
o que era bom e o ruim
Tem dias que a chuva vem
apenas pra te levar ao extremo
da filosofia, da auto análise
Do fim de tarde com café e bolinhos
E o que fica após
é o raio de sol que amanhece
um dia novo
para bem-me-quer rolar de novo
um outro corpo
uma outra história a ser contada
E não me venha com mais charadas
por que o dia de pensar acabou.


Marcelo Poeta

Sonhos sonhados

Nem sempre nosso vocabulário é perfeito
Assim como o miado do gato
Não é harmônico quando sai tão alto
Trilho é como uma escada
Que não cresceu do jeito direito
Escada de uma subida
Ou descida, dependendo do olhar
Olhar sobre a arte do mundo
O mundo interior d’onde vem o desenho,
a palavra e a música
Viver é desempenho!!
Tão pequenos somos
Vistos de cima do céu
E o céu da boca não tem estrelas
Como assim, se da boca é que saem poemas?
Há risadas tão tristes
E lágrimas de felicidade
A fome que encolhe barrigas
Eu não paro de contar idades
Eu vivo na praça balanço
Eu moro no mesmo lugar
No mundo que é meu e é teu
Não nos é permitido voar
Voar é calcular o rasante
Tem foto que fica na estante
Apenas a olhar
Sapato que não sapateia
E pijama que vai dentro da meia
No molho as chaves são mais amigas
A cartola do mágico que nunca foi colorida
Existem sonhos que sonhamos
Nas noites não dormidas.

Marcelo Poeta

Janisdiz:


A magia do circo é a poesia cantada por uma criança.

domingo, 12 de setembro de 2010

Todos juntos





Sonhei com um espetáculo
A magia, o palhaço
a moça que dança
enrolando sua trança
em lençois de puro linho
Via também um belo caminho
cujas paredes estampavam desenhos
haviam flores, que levavam ao picadeiro
onde a bailarina dançava feliz
surgia uma bela atris
com arcos e bambolês
Poetas declamavam seus versos
recebiam todos de corações abertos
No sonho que tive essa vez.


Marcelo Poeta






Informe do Lango-lango:



Caminhada Literária quer liberar livros durante percurso em Porto Alegre.

Participantes serão convidados a deixar obras pelas ruas.

http://www.correiodopovo.com.br/ArteAgenda/?Noticia=194582

sábado, 11 de setembro de 2010

Goteira de bem-me-quer


Chovia naquele quarto. Apesar das reformas, da troca de piso, dos arremates do pedreiro que tudo sabia, ainda assim chovia naquele quarto.

O menino torcia, orava e pedia, por vezes em forma de poesia, temia que todo dia, parece que já previa: Enquanto ele dormiria, a chuva inteira choveria, a gota da goteira no pé, e do pé indo para a bacia.

E no amanhecer chorava aos seus pais, que no quarto haviam poças e tudo mais, até barcos feito com jornais, navegavam com suas tripulações.

Os pais apertavam seus corações, choravam o choro do não poder, e o choro caia nas águas, fazendo então crescer. A onda, um tsunami de lamentos ao pé molhado, e o menino com os olhos arregalados temia nunca mais dormir ali.

E com panos, rodos e baldes a limpeza começava, a expulsão de sujeiras e odores. A cabeça o menino coçava, pois ali ele aprendia a esquecer seus medos e seus amores.
Marcelo Poeta

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Lembra?

É a início de uma viagem ao arquivo de nossas memórias onde em alguns segundos surgem do nada cores, cheiros, sensações.
Onde fica o HD, cadê? De baixo da peruca,
logo dentro de uma cuca, até detalhe dá pra ver
O dia em que o Sol veio primeiro, e depois uma tardinha,
e depois a noite toda até o dia amanhecer
No dia que sua vó veio de carro,
tem o tio que tira sarro logo antes de comer
A hora em que o sim venceu o não,
e que tu guardou no coração e o descuido fez perder
No momento em que pensei,
acessei o que só eu sei e posso ou não divulgar
A arte, o mistério, um adultério,
um casebre ou um império, uma onda ali do mar
O sexo que foi feito com amor,
o amor que me ensinou a compor poesia e meu lar
A vida que levei como eu quis,
quem sou eu pra ser feliz? Um menino a cantar.

Eu sou o que a vida me ensinou a dividir com você
Eu sou o que a vida me ensinou a dividir com você
Eu sou o que a vida me ensinou a dividir com você
Eu sou o que a vida me ensinou a dividir com você

Marcelo Poeta

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Teatro mágico em São Leopoldo




Pela noite

Ele já não dormia bem. Era como se alguém ou algum corpo deitasse sobre o seu e o segurasse, deixando-o imóvel e sem conseguir respirar. Ele tinha a consciência de que estava deitado em sua cama e sabia também que havia gente na casa. Tentava gritar, porém, sua voz não saia. Mexer-se era impossível.
Lutava, reunia todas as forças até que um grito alto emergia de sua garganta e enfim seus braços estavam livres, seu corpo exausto e encharcado de suor. Olhava em volta, a TV ainda ligada, seu bidê ao lado com o copo d’água e o celular, o armário, as paredes brancas, o violão (dali ainda podia ver o canto da parede onde o violão o fitava mudo) e mais nada. Ninguém no quarto. Ninguém que ele podia ver.


Marcelo Poeta

Poeminha

Combinações e tramas
Seria obra do acaso?
Você inteiramente, vagamente desfila
Na pontualidade do seu atraso.

Marcelo Poeta

domingo, 5 de setembro de 2010

Janisdiz:


Não trabalha domingo Poeta?

sábado, 4 de setembro de 2010

Poema sem nome

Os olhos que dizem: Pare!
O sorriso da boca fechada
no rosto de rosa branca
a pose da fina estampa
da beleza que nunca acaba.


Marcelo Poeta

Prata da casa


Queridos leitores, não consigo entender a cabeça dos treinadores de futebol. Vou além, onde está a diretoria do Grêmio que não preciona seus técnicos para que escalem os melhores para jogar, sem invenções, privilegiando jovens promissores?

O Grêmio está numa crise danada, no futebol e nas finanças e os garotos são relegados e substituidos por jogadores sem credenciais que desembarcaram ontem em Porto Alegre e não sabem o que é o Grêmio.

O caso Mário Fernandes foi o primeiro exemplo. Silas o deixou no banco, implicou com o garoto, improvisou, não deu sequência, e quando precisava poupar o jogador o escalou num jogo que nada valia e o perdemos para o resto da temporada.

Neuton entrou bem no time do Grêmio atuando pela esquerda. Sofreu lesão e Silas não mais o aproveitou. Quando se deu a crise e a saída de Rodrigo Neuton voltou a atuar como zagueiro ao lado do ruim Rafael Marques e tendo que cobrir a Avenida Fábio Santos. Ora, é obvio que Neuton não é um herói para executar esta função. Neuton vai ao banco. É mais fácil tirar o bom e deixar os dois ruins.

Maylson. Ahh... o Maylson...

Goleador do meio campo do Grêmio, titular de seleções sub20, passadas largas, chute forte, marcador de qualidade... banco. As vezes nem banco pega. Os melhores jogos do GrÊmio no ano tiveram Maylson no meio. Os melhores jogos do Douglas no Grêmio tiveram Maylson ao seu lado. Os gols do Grêmio ou são de Jonas ou são de... Maylson.

Agora me diga por que não utilizar os garotos da base que certamente receberão propostas e gerarão receitas ao clube? Por que não fazer o simple? Por quê?

Vá de Victor, Gabriel, Vilson, R.Marques e Neuton. Adilson, Rochemback, Maylson e Douglas (Sousa), Jonas e Borges.

Eu não aguento mais invenções.
Marcelo Poeta

Janisdiz:


Um sonho

Um toque imaginário

Lábios que se encontram

dançam sem roteiro

agarra o travesseiro

e acorda perdida

Era um sonho ou era a vida

te indicando direções?


Lei dos direitos autorais

Consulta termina, diálogo continua


MinC vai analisar as 7.863 contribuições ao projeto de modernização do Direito Autoral

A consulta pública para a modernização da Lei de Direitos Autorais terminou à meia noite desta terça-feira (31 de agosto), com 7.863 participações realizadas por meio desta página. O Ministério da Cultura irá, a partir de agora, analisar as contribuições, por meio da apreciação do conteúdo das propostas e de seus argumentos.

No dia 10 de setembro, o Ministério da Cultura irá apresentar o balanço com os principais destaques da consulta pública. Só então será possível sinalizar os principais pontos a serem modificados no texto. Afirmações de participantes sobre os resultados da consulta que não levem em conta o teor de todas as propostas são precipitadas.

A consulta pública mostrou-se bem sucedida em identificar fragilidades e equívocos do texto e recolher sugestões para o seu aperfeiçoamento. A amplitude e profundidade das contribuições farão com que o texto a ser encaminhado ao Congresso Nacional seja melhor do que a minuta apresentada em junho.

Continuação do diálogo

O Ministério da Cultura vê como fundamental a continuidade do diálogo com os diversos setores nesse período de consolidação do novo anteprojeto de lei. Entre 14 de junho e 31 de agosto, já aconteceram 70 reuniões com diversos setores interessados na proposta. Elas se somam a outros 80 encontros setoriais e nove seminários realizados no Fórum Nacional de Direitos Autorais realizado de 2007 a 2009.

Informe do Lango-lango:

Debates sobre Software livre no Brasil


www.cultura.gov.br

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

O tempo e seu preço

Dizem que tudo tem seu tempo.
Dizem também que tudo tem seu preço.
Então, se tudo tem seu tempo e também tem seu preço, quanto mais esperarmos pelo tempo, maior será o valor pago pelo tudo.
O tudo a que me refiro é tudo mesmo...
Uma candidatura a algum cargo, por exemplo. Tu te candidatas para representar um grupo de pessoas, ou uma categoria. Cede teu tempo á campanhas e debates. E se elege ou não. Era a hora certa de te eleger? Tudo tem seu tempo mesmo? Mas e tuas idéias para o agora, servirão para quando chegar teu tempo?
Não. Certamente te precipitastes ao tempo.
Mas também creio, que pensar a longo prazo seja a mais cretina bobagem. Talvez o segredo do tempo esteja em aceitar o que ele te propõe. E encarar como uma batalha cada segundo que faz pularem os minutos e por conseqüência as horas. Se não fizeres esta guerra particular, o tempo terá te ajudo em vão.
Então, andando por uma feira de livro, nos postamos a olhar obras e, de repente pensamos:
- Oh!! Que Obra!! Lerei este livro!!
Besteira. Aquele livro veio te fitando de banca em banca. Ele já havia lhe escolhido para lê-lo.
Os Deuses da literatura, por te acharem capazes de compreender tal obra, o puseram frente a frente com aquela criação, com aquelas palavras que lhe trarão maior conhecimento, maior compreensão, maior reflexão.
O livro te escolheu. O tempo decidiu.
Realmente tudo tem seu preço, e a forma de investimento varia conforme a pessoa. Um livro pode valer o equivalente a duas doses de um drink qualquer.
É verdade que tudo tem seu tempo.
E o tempo de ler é agora.
Certamente, andando por belos locais, algum livro irá te escolher e, juntos, vocês viverão angustias, aventuras e romances.
Não perca tempo. O tempo, acima de(o) tudo, não tem preço.


Marcelo Poeta.

Informe do Lango-lango:

Dica de site:


www.youtube.com.br/profbrunoramos

Janisdiz:


"Não lembro como era no meu tempo."

Alienados: Fomos, somos ou não?


Ontem a noite, em entrevista à CBH, uma pergunta me fez refletir durante toda a madrugada. O sono fugiu por completo e exponho aqui minha análise.
Eis a questão: Marcelo, você compartilha da opinião de que os adolescentes estão cada vez mais alienados?
Pois bem, a minha geração, que curtiu a adolescência no final dos anos 90 não possuia acesso à informação de modo prático e qualitativo. Tinhamos bibliotecas sucateadas nas escolas, autores escolhidos por quem nada entende de educação, fitas VHS de documentários tão chatos e monótonos quanto a um jogo do Grêmio. Não haviam computadores, internet e celulares. Os aparelhos de CDs estavam chegando ao mercado porém seu custo era muito alto, então nos contentávamos com vinis e fitas K7 com músicas gravadas de rádios. Ou seja, eramos amordaçados, cegos e surdos ante a informação. Eramos alienados?
Não. E a geração de hoje, com todo o acesso disponível, sem amarras em emissoras ou veículo midiático, essa gurizada é alienada?
Não. A molecada de hoje está apta à pesquisa, já nascem com o dom da procura por respostas. Se antes para eu saber como se deu a formação do Universo eu tinha que esperar a aula e me contentar com a resposta da psora, agora eles têm o mundo de correntes e teorias à explorar e escolher a vertente que melhor convir com seus ideais. Creio ser esta uma grande diferença. Hoje há a opção de escolha. Política, religião, organização da sociedade, estilo,etc.
Bom, após esta reflexão, coloco aqui a resposta que percebo correta à pergunta feita pela querida Adriana.
Marcelo, você compartilha da opinião de que os adolescentes estão cada vez mais alienados?
Resposta: Não vejo os adolescentes como alienados. Eles possuem dúvidas e vão atrás de informações. Alienados são aqueles que transmitem a informação leviana e tendenciosa.
Marcelo Poeta

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Lembranças de um sorvete


Sentado ao balcão
Há tempos que o sol não beijara sua mão
não era verão, ainda não
O vidro que servia de tela
para a rua, para a lua
para um mundo que só seus olhos podiam ver
só sua mente podia criar
Via sua infância derreter como o sorvete
que, por ser inverno, derretia lento
Teria nome aquele sentimento?
Lembrava dos dias de paz, de passeios
Do talento de se fazer recreio
no calcular de pulos e movimentos
Fazia dos sonhos seus malabares
Agora ali, na vitrine, atraindo olhares
E quem passava não via um homem...
não via seus trajes do dia a dia
Olhavam um garoto perdido no tempo
Fazendo o sorvete virar poesia.
Marcelo Poeta

Rio Grande do Sul do Brasil, do Mundo

Tarso, candidato da Unidade Popular pelo Rio Grande, nos mostrou ontem, em almoço com tuiterios, que reuniu mais de 200 pessoas no Clube Caixeiros Viajantes, seu plano de Governo e as ações prioritárias para a tecnologia da informação e inclusão digital.
Entre os assuntos em ênfase a prioridade de ampliação da banda larga em todas as regiões do Estado, a instalação de uma rede de telecentros, a inclusão das ciências de computação no ensino básico e a utilização da Internet como meio de transparência e controle das contas públicas. Tarso propõe que se crie uma rede Virtual em torno do Governo para controle, crítica, sugestões e projetos.
Enfatizou também que os sites de relacionamento e os blogs são meios de informação e comunicação e, por isso, têm o dever de reproduzir a verdade e a cultura com auxílio (no caso de blogs) governamental para sua manutenção.