segunda-feira, 2 de maio de 2011

A impermanência das coisas

São cabelos tão longos...
pois se perdem no meu querer
Beijam seus ombros postados
Desejados por mim, nas horas de não te ver
Se faz sorriso que nunca veio
em seriedade que me divide ao meio
E me atrai com belos olhos deitados
No toque de pele, rosa branca
Receios, apenas dos meus receios
O que mais desejo?
É te acordar em qualquer manhã bem cedo
Em beijo sutil como despertador
Na célebre tentativa de descobrir
o sabor
do teu lábio superior...
A magnitude da tua boca pequena
E por que tua presença atua como algema
que me detém em um só lugar?
E finjo que há algo de algo
Um talvez, que talvez possa acontecer
Onde estavas antes do agora?
As horas, comigo foram senhoras
Encantadoras e lentas
que não me levaram embora
Para, em boa hora
Algum encontro acontecer.

Marcelo Poeta

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