quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Tudo pode morar no papel

A lua cheia também te influencia

Te cadencia... e me credencia

à teu ouvidor primeiro

Sou teu colo, teu ombro que carrega

teus desaforos, eu quase morro

com tua indignação por não sei o que

Por que não escreves então?

Troque meus ouvidos por uma página em branco

E dedique-me apenas teus carinhos

Toda a página em branco

guarda linhas para se contar histórias

Guarda o improvável texto

O nada, ali escrito

é o contexto da dor e da glória

a leitura de trás para frente

O depois, o agora e o outrora

A página em branco

é a lembrança de amor escondida

a cada fechar de olhos.



Marcelo Poeta

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