quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Ponto de exclamação





A idéia é começar aqui e ir além. Desenvolver um amplo pensamento que contribua para a disseminação e apreciação da cultura.
Começo analisando o currículo escolar e as aulas de geografia e história. Na medida em que o tempo passa o campo de pesquisa e acessos à documentos se torna mais dinâmico e imparcial. São diversas fontes, com diferentes pontos de vista, a nos municiar tanto com assuntos do agora, quanto das questões passadas outrora divulgadas por grupos de comunicação com interesses políticos, econômicos e de soberania informacional.
Assim sendo, diversos fragmentos da nossa história contada são tatuados e propagados com versões direcionadas a um determinado fim/objetivo.
Um desses episódios foi a “nossa” Revolução Farroupilha, que originou um desejo separatista insustentável, um sentimento de bairrismo falsário que nos faz defender tradições que não fazem parte do nosso cotidiano. Nosso estado possui uma diversificada colonização, culturas do campo sim, mas também a cultura urbana, serrana, fronteiriça e litorânea. São culturas completamente diferentes e cerceadas do direito de serem como são pelo modo com que é padronizado o comportamento do Gaúcho.
E é nesse aspecto que se torna falha a abordagem das disciplinas de Geografia e História nas nossas escolas, na medida em que ocorre uma fabulização no estudo dos fatos do passado e, pior que isso, uma confirmação aos educandos de versões que o tempo e as pesquisas já desmentiram.
Então, chegando ao objetivo da exclamação, como trabalhar a contextualização histórica entre humanidade e sentimentos individuais, sendo o acervo didático tão pobre, manipulado e confuso?
Como um educando organizará e fará a exposição de suas idéias, se sua base intelectual escolar é tão diferente de sua vivência em sociedade e informações que recebe de forma alternativa?
Pautar o ensino pelo currículo escolar é fragmentar as ações, de modo que nada faça sentido. Nem mesmo os sentimentos.

Marcelo Poeta

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