Vou juntando os cacos
de tudo o que era caos
E refaço em imagem plana
Acabo colando toda a semana
nas asas de um vendaval
Componho, com essas mãos que eu ponho
peças de roupa e do espetáculo, no varal
Nos olhos de quem me vê
se refletem e me repetem
A poesia, o dia a dia e a luz
A arte que você produz
é na verdade o que mais me seduz
Vou juntando as letras
do que havia desse tudo
O que temos, e o que temos vontade
O tempo sempre ficou à margem
dos contratempos do mundo
E toda a manhã nos traz a chance
de um novo suspiro profundo.
Marcelo Poeta
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