sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Alienados: Fomos, somos ou não?


Ontem a noite, em entrevista à CBH, uma pergunta me fez refletir durante toda a madrugada. O sono fugiu por completo e exponho aqui minha análise.
Eis a questão: Marcelo, você compartilha da opinião de que os adolescentes estão cada vez mais alienados?
Pois bem, a minha geração, que curtiu a adolescência no final dos anos 90 não possuia acesso à informação de modo prático e qualitativo. Tinhamos bibliotecas sucateadas nas escolas, autores escolhidos por quem nada entende de educação, fitas VHS de documentários tão chatos e monótonos quanto a um jogo do Grêmio. Não haviam computadores, internet e celulares. Os aparelhos de CDs estavam chegando ao mercado porém seu custo era muito alto, então nos contentávamos com vinis e fitas K7 com músicas gravadas de rádios. Ou seja, eramos amordaçados, cegos e surdos ante a informação. Eramos alienados?
Não. E a geração de hoje, com todo o acesso disponível, sem amarras em emissoras ou veículo midiático, essa gurizada é alienada?
Não. A molecada de hoje está apta à pesquisa, já nascem com o dom da procura por respostas. Se antes para eu saber como se deu a formação do Universo eu tinha que esperar a aula e me contentar com a resposta da psora, agora eles têm o mundo de correntes e teorias à explorar e escolher a vertente que melhor convir com seus ideais. Creio ser esta uma grande diferença. Hoje há a opção de escolha. Política, religião, organização da sociedade, estilo,etc.
Bom, após esta reflexão, coloco aqui a resposta que percebo correta à pergunta feita pela querida Adriana.
Marcelo, você compartilha da opinião de que os adolescentes estão cada vez mais alienados?
Resposta: Não vejo os adolescentes como alienados. Eles possuem dúvidas e vão atrás de informações. Alienados são aqueles que transmitem a informação leviana e tendenciosa.
Marcelo Poeta

Um comentário:

ProfBrunoramos disse...

A web 2.0, Google, Blog, Twitter, orkut, redes sociais. Vivemos na era da Sociedade da Informação, por isso, é cada vez mais necessário programas de Inclusão Digital para ampliar o domínio de ferramentas tecnológicas da informação. Foi se o tempo de sermos expectadores, hoje podemos ser protagonistas de nossa própria história, basta registrar na rede.