quarta-feira, 27 de julho de 2011

Ponto de exclamação




Estive conversando com meu tio Fernando dia desses, um grande sábio das coisas da vida, e ele me falava sobre os ciclos da vida, sobre as fases boas e ruins de cada um, o “tempo de dar colo e o tempo de decolar”, como diria outro Fernando, o Anitelli.
E é bem isso mesmo. Há fases na vida em que tentamos as coisas e procuramos evoluir mas algo nos impede, há um bloqueio na nossa percepção e uma energia negativa que nos abraça como um edredom. Geralmente quando estamos vulneráveis, tristes e decepcionados, e deixamos de ser a essência do nosso próprio caminhar.
Eu passei por isso várias vezes, como todo mundo, porém, da última vez, foi preciso um trabalho profissional para que eu voltasse a enxergar o mundo à minha volta, para que pudesse ver novamente as possibilidades que a vida nos oferece.
Esse trabalho orientado me conduziu à todas as mágoas, medos e dúvidas que estiveram sempre presentes em mim, mas que ignorei ao longo dos anos, algo corriqueiro no Ser Humano, acostumado a enxergar o outro e não a si.
Não vou relatar aqui essa viagem ao íntimo, mas gostaria de explanar à vocês, queridos leitores que, ao encarar todos os meus problemas e traumas, ao retomar a rédea da minha vida, tudo passou a acontecer como num passe de mágica. Simplesmente por que parei para prestar atenção. E daí melhorou tudo. Emprego, família, saúde e, principalmente no amor. Amor pela mulher amada, amor pelos meus pais, irmãos e sobrinhos, amor pela beleza do mundo, amor pela vida.
Não tenho lamentado o tempo que perdi com coisas sem sentido. Tenho estado muito feliz por conseguir a redenção.


Marcelo Poeta



... Fernando Anitelli
Quanta mudança
Alcança o nosso ser
Posso ser assim,
Daqui a pouco não.

Se agregar não é segregar;
Se agora for, foi-se a hora.
Dispensar não é não-pensar;
Se saciou, foi-se embora.
Se lembrar não é celebrar;
Dura é a dor quando aflora.
Esquecer não é perdoar;
Se consagrou, sangra agora.
Tempo de dar colo,
Tempo de decolar.
O que há é o que é;
E o que será
Nascerá, nascerá.
Reciclar a palavra,
O telhado e o porão;
Reinventar tantas outras
Notas musicais.
Escrever um pretexto,
Um prefácio e um refrão
Ser essência muito mais.
Ser essência muito mais
A porta aberta, o porto,
A casa, o caos, o cais.
Se lembrar de celebrar muito mais.
Muito mais...
A ciência, a essência,
A poesia prevalece...




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