quinta-feira, 5 de maio de 2011

Nosso Acervo



Quem te viu, quem te vê


Você era a mais bonita das cabrochas dessa ala
Você era a favorita onde eu era mestre-sala
Hoje a gente nem se fala mas a festa continua
Suas noites são de gala, nosso samba ainda é na rua

Hoje o samba saiu, lá lalaiá, procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais esquece não pode reconhecer

Quando o samba começava você era a mais brilhante
E se a gente se cansava você só seguia a diante
Hoje a gente anda distante do calor do seu gingado
Você só dá chá dançante onde eu não sou convidado

Todo ano eu lhe fazia uma cabrocha de alta classe
De dourado eu lhe vestia pra que o povo admirasse
Eu não sei bem com certeza porque foi que um belo dia
Quem brincava de princesa acostumou na fantasia

Hoje eu vou sambar na pista, você vai de galeria
Quero que você me assista na mais fina companhia
Se você sentir saudade por favor não dê na vista
Bate palma com vontade, faz de conta que é turista

2 comentários:

Anônimo disse...

Escreves muito bem mas recitas tão mal quanto uma criança que está aprendendo a ler. Pontuação e entonação são indispensáveis nisto que você está se propondo a fazer. Lembre-se: toda crítica é construtiva.

Marcelo Poeta disse...

Obrigado por participar do Sarau e visitar o blog.
O Sarau é um momento de troca e amostragem da obra de cada um que se dedica à arte.
Me preocupo em não cercear o direito de cada um ao palco. Nese aspecto, não admito-me pecar.
Um abraço