A avó espalha os brinquedos pela casa
Horas antes, havia colorido um desenho
Que o neto não percebeu
À tudo já se habituou
A avó, ora chegava de skate
Ora em sua bicicleta
Era goleiro, avião e boneca
Era a proposta, sempre disposta
E nunca fora a voz do não
É uma criança de outra geração
Adora um soninho após o almoço
Anda pela casa de pantufas
Aprecia doces como formiga
E roupas prá lá de coloridas
A avó aguarda o neto
Como criança que espera um novo brinquedo
Não percebe os efeitos do tempo
Pois não contar as horas
É seu mais valioso segredo.
Marcelo Poeta
2 comentários:
Maravilhosa tua sensibilidade ao lidar com as palavras quando fala da avó!
um grande abraço colega!
Vera Bach
Maravilha!!!! Me identifiquei por demais com o texto! Sou avó de dois garotos e uma garotinha. Você me descreveu! Parabéns pela sensibilidade!!!
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