terça-feira, 31 de agosto de 2010
Análise do Ferri
É verdade Poeta. Meus pedreiros agora trabalham de Nike e levam nuggets na marmita.
Domingo tem churras com ceva aqui em casa.
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
A Globalização e a farofa
Hoje a palavra globalização já é utilizada por populares como uma explicação para todas as dificuldades do cotidiano. Chuva, caos, transito, moda, a zaga ruim do Grêmio, etc, tudo é culpa da globalização. Mas o que é a tal globalização?
Globalizar é transpor o teu cotidiano ao outro. É difundir culturas e mais do isso, é a imposição cultura do maior ante o menor. A moda por expemplo. A TV impõe sobre nossos jovens a maneira de vestir. Eu, certa feita, desembolcei R$150 por uma bermuda. É verdade. Uma bermudinha com estampa laranja. O ó... Podia ter comprado dez calçõenzinhos e usar um a cada dia por longos dez dias. Mas não. Queria a de 150 e pronto. Que bestice. Assim como a Fiukização que rola hoje. Coisa feia. Pelo menos a berma de 150 não era colada na coxa.
Agora, o maior crime da globalização foi o de assassinar a farofa. Sim, a farofa de excursão. Fui levar uma turma à uma saída à campo e ao entrar no ônibus perguntei quem estava levando uma farofinha. – Faro o que Psor??
Como assim “Faro o que Psor??” Farofa, com galinhazinha, cebolinha, alhozinho, temperinho...
Fiz uma revista nas mochilas e só encontrei drogas. Balas, bombons, bolachas recheadas, milhopan, Bis... lamentável. Vontade de enquadrá-los no artigo 171, estelionato, pois trata-se de uma falsificação de merenda.
De hoje em diante só terá viagens à campo se alguém levar uma farofa de galinha.
Marcelo Poeta
sábado, 28 de agosto de 2010
Meu Amigo Pedro
Muitas vezes, Pedro, você fala
Sempre a se queixar da solidão
Quem te fez com ferro, fez com fogo, Pedro
É pena que você não sabe não
Vai pro seu trabalho todo dia
Sem saber se é bom ou se é ruim
Quando quer chorar vai ao banheiro
Pedro as coisas não são bem assim
Toda vez que eu sinto o paraíso
Ou me queimo torto no inferno
Eu penso em você meu pobre amigo
Que só usa sempre o mesmo terno
Pedro, onde você vai eu também vou
Mas tudo acaba onde começou
Tente me ensinar das tuas coisas
Que a vida é séria, e a guerra é dura
Mas se não puder, cale essa boca, Pedro
E deixa eu viver minha loucura
Lembro, Pedro, aqueles velhos dias
Quando os dois pensavam sobre o mundo
Hoje eu te chamo de careta, Pedro
E você me chama vagabundo
Pedro, onde você vai eu também vou
Mas tudo acaba onde começou
Todos os caminhos são iguais
O que leva à glória ou à perdição
Há tantos caminhos tantas portas
Mas somente um tem coração
E eu não tenho nada a te dizer
Mas não me critique como eu sou
Cada um de nós é um universo, Pedro
Onde você vai eu também vou
Pedro, onde você vai eu também vou
Mas tudo acaba onde começou
É que tudo acaba onde começou
Meu amigo Pedro
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Análise do Ferri
Caro Poeta, as palavras são goteiras que caminham pela calha do teu mundo.
Domingo tem churras com ceva aqui em casa.
Retribuições
Preciso de você
para não mais perder
nenhuma manhã de sol
As semanas não passavam
A chegada do sábado era o que eu queria
O que era ausência eu aprendia
as coisas do mundo eram maiores
e uma saudade me deprimia
Agarrava-me à barra da sua calça
e passo a passo lhe seguia
Sempre ouvi suas palavras calculadas
e desconfiei do teu silêncio
Seu abraço um tanto contido
Aqueceu meu peito deveras partido
feito casaco de lã e cachecol
Preciso de você
para não mais perder
nenhuma manhã de sol.
Marcelo Poeta
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Amores antigos
Eu quero voltar a sonhar
Quero aquele teu beijo em uma rede
Desejo poder matar minha sede
De beijos lindos e bons
Quero aqueles momentos de volta
E sentir na pele a tua revolta
por coisas que não tinham valor nenhum
Queria ser o que eu era antes
de me oferecerem minas e diamantes
que não me levaram a lugar algum
Onde foi que esqueci
aquele tempo em que eu ainda estava aqui?
Onde foi que meu amor e meus cartões
mereceram destino ilusório?
em cada canto, dormitório....
onde a mágoa tomou conta
e eu sempre com a desculpa pronta
acabei não vendo o amor
das pessoas especiais
Agora não mais...
Não mais o céu estará nublado
não mais me verei encarcerado
no escuro onde o sol não brilha.
Marcelo Poeta
Quero aquele teu beijo em uma rede
Desejo poder matar minha sede
De beijos lindos e bons
Quero aqueles momentos de volta
E sentir na pele a tua revolta
por coisas que não tinham valor nenhum
Queria ser o que eu era antes
de me oferecerem minas e diamantes
que não me levaram a lugar algum
Onde foi que esqueci
aquele tempo em que eu ainda estava aqui?
Onde foi que meu amor e meus cartões
mereceram destino ilusório?
em cada canto, dormitório....
onde a mágoa tomou conta
e eu sempre com a desculpa pronta
acabei não vendo o amor
das pessoas especiais
Agora não mais...
Não mais o céu estará nublado
não mais me verei encarcerado
no escuro onde o sol não brilha.
Marcelo Poeta
Rock ainda não gravado
Seu Roque
Seu Roque foi um cara
que viveu os anos 70
Seu Roque dançava
com o bolso cheio de boleta
Seu Roque era louco
todo mundo dizia
Seu Roque era plebeu e também burguesia
A morte do Seu Roque
Era anunciada todo ano
Mas todos os profetas
entraram pelo cano
Seu Roque fez poema
Seu Roque fez canções
Seu Roque enlouqueceu
mais de 4 gerações
Seu Roque virou lenda
Seu Roque é imortal
Seu Roque todo dia
é capa de jornal
Marcelo Poeta
Seu Roque foi um cara
que viveu os anos 70
Seu Roque dançava
com o bolso cheio de boleta
Seu Roque era louco
todo mundo dizia
Seu Roque era plebeu e também burguesia
A morte do Seu Roque
Era anunciada todo ano
Mas todos os profetas
entraram pelo cano
Seu Roque fez poema
Seu Roque fez canções
Seu Roque enlouqueceu
mais de 4 gerações
Seu Roque virou lenda
Seu Roque é imortal
Seu Roque todo dia
é capa de jornal
Marcelo Poeta
Análise do Ferri
Tens que encontrar um equilíbrio entre o passado não vivido com o presente ausente.
Domingo tem churras com ceva aqui em casa.
Não me considero um cara "atrás do meu tempo", mas tive o privilégio de conviver com muitos malucos, poetas, músicos, tios e tias que viveram um tempo bom que não volta nunca mais, pais que curtiam só o que havia de bom musicalmente falando (tirando um Altemar Dutra que a mãe adora). Mas vamos lá, lembro do pai curtindo Raul, Roberto e Erasmo, Beatles, o Chico Buarque parece que morava lá em casa pois todo dia sua voz pintava por lá através de vinis duplos, triplos, só ou em parceria com o Caetano, Gil, Milton Nascimento, Gal Costa,etc.
Depois, lá pelo final dos anos 80 meu irmão (6 anos mais velho) já curtia um rockzinho tipo Gun's, Nirvana, o rock gaúcho, tinha a galera do Legião Urbana, Capital inicial, Paralamas, Titas, etc, e eu tava lá, pegando os discos dele "emprestados" sem pedir. Veio os anos 90 e seu começo não teve muita mudança (não estou aqui falando da história da música, mas sim da música na minha história)e se teve deixei de perceber. Comecei a furungar em sebos e depois na net bandas antigas como Mutantes, Secos e Molhados, Simon e Garfunkel, Doors, Joplin, Abba, etc.
Sei que nunca mais consegui voltar para o presente. Creio que têm muita coisa boa rolando por aí e que o que passa na TV nada tem haver com a cultura brasileira. Nada contra as meninas do Restart mas antes as garotas queriam dar para o Morrison, o Axl Rose, etc....e conseguiam.
Marcelo Poeta
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Espelhos antigos
A cena que você vê agora
São as gotas que abandonam meus olhos
e os passos que dou sem norte ou sul
é o desacreditar de um sonho
o sentir-se infinitamente
menor do que um pássaro branco
porém, na derradeira morte do ego
no milésimo enterro da alma
mulheres servem-se do meu corpo
dançando canções por eu compostas
se deliciando com meu vinho barato
valendo-se de uma imagem
que os espelhos não refletem mais.
Marcelo Poeta
São as gotas que abandonam meus olhos
e os passos que dou sem norte ou sul
é o desacreditar de um sonho
o sentir-se infinitamente
menor do que um pássaro branco
porém, na derradeira morte do ego
no milésimo enterro da alma
mulheres servem-se do meu corpo
dançando canções por eu compostas
se deliciando com meu vinho barato
valendo-se de uma imagem
que os espelhos não refletem mais.
Marcelo Poeta
Um belo dia resolvi mudar
Sempre dediquei muito tempo à leitura e a escrita. Nada me satisfaz mais do que um belo livro, acompanhado de um Cabernetzinho e um bloco de anotações. EU disse nada? Não é bem assim...
Minha mãe sempre trabalhou muito e com isso seu tempo para tarefas domésticas nunca existiu.Por volta dos meus 11 anos comecei a ajudar minha irmã na lida com louça,roupa,vassoura,etc.Mas a libertação total foi quando o destino me colocou faminto às voltas de um fogão. Ali estava a tentação,ali estava as portas para um futuro longe de torradas,pizzas de microondas,nuggets,negrinhos e pastéis.A partir daquele dia nada meu estomagozinho passou a sorrir a cada refeição.Com poucos ingredientes e criatividade nascia a cada dia um prato diferente e a arte da culinária se equivalia a todas as demais artes.
Eis o problema: Junta-se a leitura com a culinária e verás um grande gordo sedentário. Sedentário pois sim. Surfo desde moleque, mas a idade vai chegando e qualquer friozinho já faz arrepiar os pelos da nuca e em nosso rigoroso inverno a quantidade de surf se resume a quatro meses de combinação sol e mar.
Então, três meses atrás, por incentivo de um velho e querido amigo, o Professor Marcel, dei inicio a prática da corrida.São três aulas semanais de corrida acompanhadas e outros três dias de caminhada.Confesso que tudo está melhor. Articulações, alongamentos, fôlego,etc
E o incrível é que melhorou também a questão literária. Talvés por observar mais a cidade, as pessoas, os grupos. Talvez por correr ser uma arte. A questão é: Buscar a arte ou fazer todas as nossas atividades como quem pinta uma bela tela?
MArcelo Poeta
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
domingo, 22 de agosto de 2010
A biografia de José Serra tem uns buracos difíceis de explicar.
Após a implantação da ditadura no Brasil, ele fugiu para o Chile.
Em 1973, quando houve o golpe de Pinochet no Chile, com apoio da CIA (Agência de Inteligência dos EUA), ele fugiu justamente para os Estados Unidos, que apoiou o golpe chileno.
É preciso entender que era a época do governo Nixon, com a política dos EUA de apoio às ditaduras militares, ... na época de Kissinger. Até John Lennon esteve ameaçado de expulsão dos EUA.
Como Serra conseguiu o Green Card nos EUA ? Como ele se sustentou lá?
Como ele conseguiu estudar nas caras Universidades americanas ?
Ainda mais sem ter o diploma de Bacharel em Economia?
E quem pagou essa conta, já que ele diz que o pai não era rico?
É um dos mistérios mais bem guardados da política brasileira.
É bastante improvável que um latino-americano exilado, realmente de esquerda, escolhesse os EUA como destino, naquela época. E se escolhesse, soa estranho encontrar facilidades de permanência, inclusive financeiras.
Após a implantação da ditadura no Brasil, ele fugiu para o Chile.
Em 1973, quando houve o golpe de Pinochet no Chile, com apoio da CIA (Agência de Inteligência dos EUA), ele fugiu justamente para os Estados Unidos, que apoiou o golpe chileno.
É preciso entender que era a época do governo Nixon, com a política dos EUA de apoio às ditaduras militares, ... na época de Kissinger. Até John Lennon esteve ameaçado de expulsão dos EUA.
Como Serra conseguiu o Green Card nos EUA ? Como ele se sustentou lá?
Como ele conseguiu estudar nas caras Universidades americanas ?
Ainda mais sem ter o diploma de Bacharel em Economia?
E quem pagou essa conta, já que ele diz que o pai não era rico?
É um dos mistérios mais bem guardados da política brasileira.
É bastante improvável que um latino-americano exilado, realmente de esquerda, escolhesse os EUA como destino, naquela época. E se escolhesse, soa estranho encontrar facilidades de permanência, inclusive financeiras.
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Direitos autorais
A música nasce sozinha
caminha no trilho eficaz
do pensamento
A letra que dança na linha
idéias juntadas, vividas
unidas em vozes de ecos
intensos
A liberdade de nascer do Sol
barrada por burocracias e valores
O texto à poucos senhores
A voz em microfone aberto
Me digam que vento é o certo
para a cultura poder voar
Marcelo poeta
caminha no trilho eficaz
do pensamento
A letra que dança na linha
idéias juntadas, vividas
unidas em vozes de ecos
intensos
A liberdade de nascer do Sol
barrada por burocracias e valores
O texto à poucos senhores
A voz em microfone aberto
Me digam que vento é o certo
para a cultura poder voar
Marcelo poeta
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Se a nuvem cobre o Sol
O amor não é um sentimento
Trata-se de um serviço prestado
Um acúmulo de funções em prol do outro
E aquele que desperta o teu ódio
Está apenas apontando-te uma verdade
A água no peito da flor da idade
dos personagens cotidianos
Para onde foram todos aqueles anos?
Ficaram dentro das máscaras
do perdão
Mas não é culpa isso tudo não...
E não é erro errar...
Nao há nuvem culpada
por o Sol mascarar.
Marcelo poeta
Trata-se de um serviço prestado
Um acúmulo de funções em prol do outro
E aquele que desperta o teu ódio
Está apenas apontando-te uma verdade
A água no peito da flor da idade
dos personagens cotidianos
Para onde foram todos aqueles anos?
Ficaram dentro das máscaras
do perdão
Mas não é culpa isso tudo não...
E não é erro errar...
Nao há nuvem culpada
por o Sol mascarar.
Marcelo poeta
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